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Reactivo é termo que começa a assentar no FC Porto com o rigor de uma luva. Depois da experiência do Dragão, frente ao Dínamo Kiev, a qualidade do bicampeão enquanto reagente saiu reforçada do Estoril, onde a oposição foi dissolvida num breve intervalo de quatro minutos. Varela e Jackson responderam à desvantagem e ainda deixaram mais golos por fazer.
A desvantagem surgiu do nada. Ou do quase nada. Da concessão de um pontapé de canto numa situação resolvida, que não oferecia perigo e sugeria outras saídas mais simples e, sobretudo, mais eficazes. Ao décimo minuto, o Estoril agradecia a alternativa a um contra-ataque tão assumido quanto ineficaz. Depois da cabeça de Licá e do poste, Steven Vitória só precisou de encostar.
Depois, como já tinha acontecido antes, o FC Porto mandou. Mas encontrando agora uma resistência revigorada e que ele próprio inspirara. Por duas vezes, Jackson Martínez esteve perto do empate. Numa e noutra situação, assistido por Varela. Antes que Licá pudesse gerar a primeira situação de desequilíbrio na defesa portista, já com quase meia-hora de jogo, Otamendi acertou no poste, a poucos metros da linha de golo e depois de um cabeceamento de Martínez.
Redescobrir espaço era o desafio que se colocava ao campeão e o aumento de velocidade foi a primeira resposta dada perante um adversário para quem atacar se tornara apenas um verbo que há muito deixara de conjugar. A mobilidade do tridente atacante acrescentou o segundo factor decisivo e completou o binómio da solução, que virou o jog
o do avesso em quatro minutos.
No empate, inverteram-se os papéis de um esboço antes ensaiado. E marcou Varela, de cabeça, assistido por Jackson, que fez “desgraça” antes do cruzamento. Pouco depois, também de cabeça e na melhor sequência de um livre de João Moutinho, Jackson fez o seu sexto golo em seis jornadas consecutivas. Mais do que isso, superou o registo de Falcao e completou o nono em 11 partidas oficiais.
O resto foi um exercício de gestão, com risco implícito e futebol para mais do que uma vitória pela diferença mínima no milésimo jogo ligueiro de Pinto da Costa, precisamente no mesmo local e diante do mesmo adversário com que se estreou, há 30 anos, com um empate (1-1). Mais feliz do que audaz, o Estoril era colocado na Linha.
Fonte: FC Porto
Etiquetas: estoril, fc porto
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